A Dilma e eu

** Extraído de conversa informal ao telefone



- Alô, Presidenta? Aqui é Elisson quem vos fala. Tudo bem?
- Oi professor, como vai?
- Estou bem. Estudando bastante aqui no meu doutorado e trabalhando nos outros projetos. E a senhora, como vai?
- Agora está melhor. Tive que demitir um ministro aqui, outro acolá. Mas como o Lula me ensinou, não adianta estressar, é só dar tempo ao tempo que as coisas se ajeitam.
- É... (silêncio de alguns segundos). E esse aumento do IPI para os carros importados, hein? Isso não acaba, em última instância, prejudicando o consumidor final? Já estamos sobrecarregados de impostos. Se fosse para proteger a indústria nacional, não seria melhor dar incentivos fiscais, ou seja, reduzir impostos para os carros nacionais?
- De fato, Elisson, isso até me passou pela cabeça. Mas a pressão aqui por verbas é grande e eu iria arranjar uma grande dor de cabeça. Do jeito que resolvemos, causa um certo burburinho no começo, mas como já disse, com o tempo a turma esquece.
- Não deve ser fácil, né Presidenta?
- Não é... Não é...
- Alguma outra novidade importante?
- Então, viu que nesta última Assembléia da ONU lamentei a ausência da Palestina?
- Fiquei sabendo. Bacana!
- Teve gente que ficou de olhos arregalados.
- Imagino... (pausa). Mas tudo bem, não vou mais tomar seu tempo. Só reforçar, mais uma vez, que reveja um pouco essa política de aumentos de impostos.
- Mas você estava pensando em comprar um carro importado?
- Não Presidenta, estou falando de maneira geral... (sou interrompido)
- Compra um carro nacional e esqueça do assunto, meu querido.
- Ok, ok... não estou pensando em comprar carro, mas também não conte comigo em esquecer tão facilmente das coisas. Tenha um bom dia, Dilma.

Apenas ouço o barulho do telefone: tu, tu, tu, tu, tu, tu....

 ---- Obviamente a conversa é uma ficção!!!!

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