Tesouro Direto: qual título escolher?

Olá pessoal.
No post da semana passada apresentei a vocês uma aplicação em renda fixa, que pode ser muito interessante para compor sua carteira de investimentos: o Tesouro Direto. São títulos públicos que possuem boa rentabilidade dentro das alternativas existentes no mercado financeiro (CLIQUE AQUI para ver alguns números), podendo ser encontradas ótimas oportunidades relativas a custos de operação baixos (0,4% a 0,6% ao ano). Com relação a esses custos, eles são divididos em duas partes:
1) uma taxa fixa de 0,4% ao ano relativa à custódia do título; 2) outra taxa cobrada pelo banco ou corretora que você utilizou para investir o dinheiro, sendo esta a parte variável dos custos; me lembro que há alguns anos atrás um grande banco cobrava 4% ao ano, sendo que hoje é possível encontrar corretoras que ISENTAM você de sua taxa (pagando apenas a taxa fixa de 0,4%). Lembrem que minimizar esses custos faz toda a diferença.


Mas a discussão de hoje é: qual título escolher? Bem, para isso vou me permitir a simplificar ao máximo a apresentação, de forma a não confundir os iniciantes e conseguir passar uma mensagem clara sobre tesouro direto. Vou me concentrar em 3 modalidades de títulos (cada uma delas é representada por algumas letras; para saber mais detalhes, clique AQUI).

1) títulos pré-fixados: ao comprar o título, você sabe exatamente qual será a taxa de juros recebida;
2) títulos que acompanham a inflação: é uma oportunidade de você se proteger contra as altas dos preços. Ao final de um ano, por exemplo, ganha-se uma taxa de juros combinada na compra, mais a correção da inflação;
3) Títulos que acompanham a taxa SELIC: quanto maiores forem as taxas de juros básicas da economia, maiores serão os rendimentos.

A decisão sobre quais títulos comprar, depende de suas perspectivas quanto à inflação e taxa de juros futura. Vamos para exemplos:
1) se penso que a taxa de juros vai diminuir ao longo do tempo e a inflação ficará controlada, o investimento pré-fixado pode ser uma boa alternativa;
2) se minha aposta for de uma alta da inflação mais intensa do que os aumentos da taxa de juros, seria interessante colocar seu dinheiro em títulos indexados à inflação;
3) se creio que a taxa de juros, ao longo dos anos, vai aumentar às custas de deixar a inflação baixa, o título indexado á taxa SELIC é uma ótima opção.

Cabe lembrar que existem mais alguns detalhes, como por exemplo: a) alguns títulos pagam cupom, significando que você receberá pagamento de juros periodicamente, na sua conta (quando não se tem o cumpom, os juros são recebidos apenas no resgate do investimento; b) os títulos possuem vencimento, ou seja, quando se compra no tesouro direto já se "combina" quando o governo lhe devolverá o dinheiro que você emprestou a ele; c) as taxas de juros contratadas (mesmo as pré-fixadas) variam até o vencimento, o que implica que você receberá EXATAMENTE o que contratou, apenas se ficar com o dinheiro aplicado até o vencimento; d) como muitas outras aplicações em renda fixa, quanto mais tempo seu dinheiro ficar na aplicação, menos imposto de renda se paga (acima de dois anos se paga a menor alíquota).

Bem pessoal, por enquanto é isso.
Estude...
Informe-se...
E tenha uma ótima semana e muita sorte em sua vida e finanças pessoais.

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